quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Olhos da vida...

Olhos da vida...
“Mensagem de uma criança sem lar...”
Peço licença, meu senhor!
Quero lhe contar a minha história.
Sou uma criança,
Solitária e triste,
Como tantas outras
Que estão jogadas por ai.
Brinquedo, não possuo;
Lar, não tenho;
Família, nem conheço.
Comida, só de vez em quando,
Quando uma bondosa alma,
Me vem, me dá um dinheiro,
Uma pequena esmola.
Quando é frio,
Me cubro com um velho jornal
Que o senhor,
Moço trabalhador
Que um dia já foi criança
Jogou fora e eu peguei.
Oh! Minha senhora.
Não me trate como um lixo
Como um bandidinho,
Como um ladrão.
O que acontece é que não tive oportunidade,
Nesta minha vida.
Só me julgam. Só querem me maltratar.
Só pensam em me prender,
Por um crime que não cometi.
Por morar nas ruas...
Me perdoa por ser pobre.
Me perdoe, e por favor,
Me perdoe por não ter um lar.
Me perdoe por dormir nas calçadas
Sou simplesmente
Uma criança de rua, que por causa de meu destino
Cruel e infeliz, só recebi da vida
O que tinha de pior.
Sou apenas,
Um menino, ou menina de rua,
Que espero ainda
Uma dia
Quem sabe Ser feliz...
Poema de Cristiano Luiz de Jesus - do Livro Alvorecer - Lançado em 2001, em Caldas Novas pela Editora Jornalísitica Vale das Águas...
Cristiano Luiz de Jesus é Membro correspondente da Academia de Letras e Artes de Caldas Novas e Presidente da Academia Planaltinense de Letras e Artes em Goiás.

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